sexta-feira, 29 de maio de 2015

Saudade Viva

Dos sentimentos que carrego no peito, o que mais dói é a Saudade. Saudade que aperta, sufoca e perturba. Saudade daquelas que a gente fecha os olhos e esquece a ausência, esquece quanto tempo passou, esquece a distância, a inconstância. Saudade que bate nos sonhos que a gente deseja não acordar. Saudade é cruel quando não se pode matá-la. Quando tem prazo de validade é até gostoso - ou suportável. Mas saudade do que já foi, do que não volta, do que ficou preso no passado, do que morreu, essa saudade não passa, não melhora, não alivia. Saudade é melancolia. É nostalgia e desespero. É desejar todos os dias o que não existe mais.
Eu sigo na certeza de que ela, a saudade, continua crescendo, como se pudesse alimentar-se da vivacidade das lembranças, das memórias, do passado. Sigo com a certeza que ela cresce tanto que, vez por outra, me mastiga, me engole e me digere. Sigo sem nenhuma dúvida que ela, essa saudade, é infinita, irremediável e pertence ao eterno que existe em mim.

E eu vou viver com saudade. Vou morrer de saudade todos os dias.




A ela, meu eterno pedaço de mim.
E a todos que partiram, mas ficaram.

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