quarta-feira, 30 de julho de 2014

Devaneios

"Quem sou eu?"


Pergunta fundamental e que move toda e qualquer vida. Ultimamente tenho pensado muito  sobre mim. Na verdade, tenho lembrado de quantas vezes já me respondi essa pergunta. Em cada momento de forma diferente e, amém, progressivamente mais profunda. Ainda na adolescência respondi pra mim mesma essa pergunta, eu era tudo o que tinha e o que fazia. Me achava tão esperta de saber a resposta fundamental da vida aos 13 anos.. "Sou Isadora, estudante, jogo tênis, tenho uma melhor amiga, uma irmã, uma cadela e uma família meio excêntrica". Apesar de olhar para trás e rir de tamanha falta de profundidade, aprecio minha coragem de adentrar em assuntos tão grandes com tão pouca maturidade. Cresci mais um pouco e - mais importante - evolui alguma coisa. Refiz minha resposta, e aos 15 eu já era Isadora, que gostava de bandas que ninguém conhecia, usava roupas estranhas e tinha atitude suficiente pra achar que poderia me definir por tudo aquilo que eu gostava. Não precisou de muito pra perceber que tudo aquilo que eu gosto é, apenas, tudo aquilo que eu gosto e que isso não tem nada a ver com tudo aquilo que eu sou. "Não sei quem sou, mas sei muito bem quem eu não sou". Lembro do dia que cheguei a essa conclusão, hoje acho que foi o primeiro passo na direção certa. Mesmo que ainda soe um pouco estúpido, se a gente tira as exceções, tudo que sobra é regra, não é mesmo? Talvez sim, eu diria. Logo descobri, com esmero, que sou tudo o que eu amo. Ainda creio nisso, porém quando descobri que sou tudo o que eu amo, também descobri que amo tudo o que existe. Engraçado observar que quanto mais esforço eu fiz pra me reduzir em uma frase que saciasse essa sede de poder dizer quem eu sou, mais amplamente me percebi.
Infinita 
E
Infinitamente 
Dentro de mim.
Hoje não sinto mais necessidade de me descrever.
Hoje sei, apenas, que sou - e ser, me basta!